Numa de minhas viagens para o interior de Minas, lugar onde meus pais
moram e, claro, onde nasci, fiquei a observar algumas casas, dessas que ficam
em meio a árvores, e distantes, lá no pé da montanha. Foi fácil imaginar o
jeito gostoso de como deve ser a vida ali, naquele canto aparentemente de paz.
Isso mesmo, aparente, pois uma de nossas manias é pensar que a beleza do lugar,
visto de longe, livra-o de ter seus problemas típicos.
Demoramos para entender que contratempos e dificuldades existem em
qualquer lugar, que ali a vida pode ser dura, afinal as muitas facilidades de
quem vive numa zona urbana, não encontramos lá no pé da Serra ou no meio do
Cerrado. A recíproca é também verdadeira.
É preciso aproximar-se para conhecer, para ver de perto e até mesmo
fazer a experiência com quem está distante. Pode ser que tenhamos boas
surpresas, mas pode também não ser. Tal qual o drama do palhaço que, por fora
transborda de alegria, mas é capaz de esconder uma dor interna, incompatível com os
montões de cores e acessórios que o fazem engraçado.
Olhar tudo desde a comodidade do nosso lugar e tecer apontamentos que
julgamos certos pode ser perigoso.
É necessário que nos aproximemos; que deixemos de analisar as coisas e
as pessoas a partir daquilo que, para mim ou para o meu grupo seleto, é bom ou
ruim.
A beleza pode vir da paisagem, mas a realidade está além. Aproxime-se e
entenda!
Imagem: http://blog.chicomaia.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2012/12/118.jpg
Parabéns pelos assuntos abordados no blog 👏👏👏
ResponderExcluirObrigado, Neuza! Espero que eles possam ajudar as pessoas de alguma forma. Abraço.
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