Se não o expressa é porque certa "normalidade" o proibiu por tempos e tempos, e caímos no erro de achar tudo isso muito comum.
Pois saiba: seu pai já chorou um dia... ou tantos mais.
Chorou quando recebeu a notícia de que ganharia um lindo presente, talvez um o mais significativo e surpreendente, chamado: filho.
Quando ouviu, pela primeira vez, o choro daquele pequeno rebento.
Quando, ao ouvir a palavra "pai", os pelos se arrepiaram.
No momento em que viu o semblante de seu filho triste por estar doente ou por algum outro motivo - certamente faria tudo para não vê-lo assim, nunca.
Pai também chora...

Chora também por não poder estar presente nessas ocasiões e em tantas outras, afinal, para muitos, o trabalho não permite que estejam.
Ele chora quando o filho o faz chorar por alguma mágoa ou porque a cria foi para caminhos indesejáveis, perdidos.
O pai chora pela perda da vida de um filho, por não poder abraçar aquele que, há muito, era seu maior presente.
Pai também chora...
Porque ele ama, simplesmente por isso. Porque ele cuida.
Ele pode até não deixar derramar uma gota de seus olhos, mas por querer mostrar-se seguro e forte, ela é derramada em seu coração.
Reconheça que, apesar da ausência da lágrima, o interior de seu "velho" é puro sentimento, por mais duro e rigoroso que pareça.
Chore com ele e por ele também. Chorem juntos...
Isso se chama vida, sensibilidade, amor de pai.
E... se ele já não está mais aqui, se já terminou sua caminhada e trajetória aqui na terra, chore e deixe que o pranto se transforme em PRESENÇA.